17.9.09

Alem do que se vê

Eu já tentei me definir de tantos jeitos, tantas formas e parece que, sei lá, não dá pra encontrar o tal manual que diga quem somos o tempo todo. Durante alguns dias estive pensando sobre o valor da minha vida, o rumo que criei pra ela, as coisas que acontecem a minha volta e percebi que sempre quis andar na minha linha, nas minhas regras, porque sabia que isso ia me levar a algum lugar, da maneira mais justa. Muitas das coisas que vivi insistindo, foi porque acreditei demais na vitória delas, e com toda a minha força, segui no caminho porque nunca tive medo de errar, sempre tive medo de não admitir que eu errei... Faz um tempo que andei me dando chances e alguns acabaram com elas, e aprendi a me dar chances e fazer com que só eu possa cuidar delas, só eu possa seguir e me dar forças com elas. Eu mudei, porque eu tinha que mudar, e não me arrependo. Eu mudei os atos, valores, visão, e eu sei que é difícil de entender tudo isso como uma maneira de extravasar aqui de dentro, mas é a maneira que eu tenho de mostrar pra mim mesma que eu posso e eu consigo. Viver virou uma marca falsificada que se compra no camelô, sabe? Ainda bem que eu nasci artista e sei ser surda, cega, muda quando convém. Ainda sei convencer que eu danço a mesma música que todo mundo dança. Porque com toda essas mentiras, eu aprendi a fingir. Mas se quer alguma certeza, é que eu, definitivamente, não sou como você vê.

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